sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O Pré-Classicismo

El Minueto

Ópera Napolitana

Desde o início a ópera é a música mais popular na Itália, fazendo a transição entre o barroco e o classicismo. O seu principal compositor é Alessandro Scarlatti (1660-1725), pai de Domênico Scarlatti (1685-1757), e a cidade de Nápoles é o centro da atividade operística. Sob domínio espanhol de 1522 a 1707, Nápoles difunde o estilo musical que predomina no século XVIII. Da ópera napolitana são importantes: as grandes árias, realizadas em solos ou duos dos personagens; a distinção entre ópera séria (de temática erudita) e ópera bufa (de temática retirada do cotidiano, que não se confunde com a chamada ópera cômica); a inclusão de melodias ao gosto popular; e os invariáveis happy ends, tornando a ópera um gênero musical leve e popular. Entre seus compositores destacam-se Niccolo Jommelli (1714-1774) e Davide Perez (1711-1778) compositores napolitanos que serviram à corte de Lisboa , Alessandro Scarlatti e também Joseph Haydn (1732-1809).
Alessandro Scarlatti (1660-1725) é nomeado mestre da capela real de Nápoles em 1648, função que ocupa até sua morte. Leva a ópera napolitana a limites inusitados. Escreve 115 óperas, 700 cantatas, mais de 200 salmos, inúmeros oratórios e diversas peças de música de câmara. A maior parte dessa obra permanece em manuscritos. Pai de Domênico Scarlatti, que anos depois revoluciona a escrita para teclado. Joseph Haydn (1732-1809) começa a compor muito jovem, dirigindo uma pequena orquestra para o conde Morzin. Em 1761 é chamado para dirigir a capela de música dos príncipes Esterhazy, aos quais serve até sua morte. É responsável pela lapidação formal da música instrumental, tendo deixado 104 sinfonias, 50 sonatas para piano e 80 quartetos de cordas. É considerado o principal compositor da escola napolitana.



Haydn London Synphony N° 101 in D Major "The Clock"


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Música no Período Barroco

Antonio Vivaldi

No período que vai de 1660 a 1750, predomina uma música vocal instrumental voltada para o texto a ser cantado. É a época das primeiras óperas, das grandes cantatas e oratórios e da fuga, definindo o início da música tonal. A polifonia, com as vozes melódicas independentes do coro, cede lugar à homofonia. As melodias são simples, acompanhadas, facilitando a compreensão do texto. A música instrumental tem lugar privilegiado. Além de pontuar as óperas com passagens instrumentais, desenvolve-se como linguagem independente, favorecendo o virtuosismo técnico. A matriz composicional deixa de ser o conjunto vocal de diversas vozes, dando lugar aos instrumentos de teclado: órgão, cravo, espineta (O cravo bem temperado, Prelúdios e fugas para órgão, de J.S. Bach; as Sonatas de D. Scarlatti).

MÚSICA TONAL
Na música tonal, os modos medievais e suas variantes são substituídos pelos dois modos tonais: o modo maior e o modo menor.
As alturas – as notas – são organizadas em um desses dois modos, a partir de uma das 12 alturas cromáticas (as sete notas mais suas alterações, sustenido ou bemol), as quais dão nome à tonalidade: dó menor, dó maior, ré maior etc. O jogo principal é a resolução das tensões harmônicas sobre o acorde principal da tonalidade.
O grau de tensão é aumentado de acordo com as dissonâncias, ou a partir do recurso de modulação a passagem de um modo a outro.

PRIMEIRAS ÓPERAS
A primeira ópera de que se tem conhecimento é Dafne, de Jocopo Peri (1561-1633), apresentada em Florença, em 1597, seguida de A representação da alma e do corpo, de Cavalieri, em 1602. Essas primeiras óperas têm dificuldade em concatenar música e cena e os textos são pouco claros. Em Orfeu, de Monteverdi, de 1607, esses problemas estão superados. A orquestra de Orfeu é renascentista, com instrumentos de base (contínuos), formando um conjunto de sopros e cordas. Monteverdi cria uma variedade de coloridos sonoros ligados às diversas situações expressivas da ópera, como os metais sempre associados ao inferno. Abre espaço para solos vocais recitativos, onde o cantor fica mais livre para declamar e atuar.
Fora da Itália, a ópera se desenvolve tardiamente. Na Inglaterra, com Henry Purcell (1659-1695), e na França, com Jean Baptiste Lully (1632-1687), um italiano naturalizado francês, que retoma a tradição dos Balés de Corte, enquadrando seu trabalho dentro do grande movimento cultural francês da época, em que despontam Molière, Racine, La Fontaine, entre outros.
Claudio Monteverdi (1567-1643) nasce em Cremona e torna-se aluno de Marc-Antoine Ingegneri, mestre da capela de Cremona. Passa 12 anos de sua vida servindo ao duque de Mântua, para quem produz diversas óperas (Orfeu, O combatimento de Tancredo e Clorinda) e diversos livros de madrigais. Em 1613, é nomeado mestre-capela de São Marcos, em Veneza. Cria o concitato, um estilo musical agitado que busca exprimir os tremores profundos da alma.
Oratório, cantata e fuga – O oratório e a cantata são formas vocais dramáticas não encenadas. Junto com o ricercari, as suítes de danças, as tocatas para instrumentos solistas, o concerto grosso onde um dos instrumentos é destacado e a sonata, levam adiante a música tonal. A partir do antigo ricercari desenvolve-se a fuga, forma musical baseada no princípio de imitação: uma voz melódica acompanha a outra com uma certa defasagem, caminhando as duas simultaneamente, num jogo polifônico. O mestre dessa forma musical é Johann Sebastian Bach
Johann Sebastian Bach (1685-1750) nasce em Eisenach, na Alemanha. Órfão, é educado por um tio. Começa como cantor na igreja de São Miguel em Lüneburg, passando a violonista na corte de Weimar. Em São Bonifácio de Arnstadt, consegue seu primeiro cargo como organista. Dedica grande parte de sua obra a ofícios religiosos (oratórios, cantatas, corais) e formações instrumentais (Oferenda musical, A arte da fuga, Concertos brandenburgueses, Concerto duplo para oboé e cravo), tendo desenvolvido uma escrita particular para instrumentos solistas (Partitas para violino solo, Suítes para violoncelo solo) e para teclados (Prelúdios e fugas para órgão, Livro de Ana Magdalena Bach). É um dos pioneiros no uso do temperamento – afinação dos instrumentos de teclado que permite tocar em mais de uma tonalidade sem a necessidade de reafinar o instrumento – como nos seus prelúdios e fugas do Cravo bem temperado.
Concerto grosso – Junto com a sonata, é uma das formas instrumentais mais importantes da música barroca. Se baseia no contraste entre duas massas sonoras diferentes. Um pequeno grupo chamado de concertino, é sempre repetido por um grupo de maior dimensão: o tutti (do italiano todos). O concertino consiste de um trio de cordas e alguns sopros. Um instrumento, o continuo, garante a fusão harmônica das linhas melódicas dos dois grupos. Essa forma musical teve dois grandes mestres: Arcangello Corelli e Antonio Vivaldi.
Antonio Vivaldi (1678-1741) nasce em Veneza, Itália. Filho de violinista, estuda música e teologia ainda jovem. Ordena-se padre pela Igreja católica e é chamado de o "padre vermelho", dada a coloração ruiva de seus cabelos. Sua música instrumental é um dos pontos altos da escritura musical italiana da primeira metade do século XVIII. É inovador no uso de escalas rápidas, arpejos extensos e registros contrastantes em suas peças. Desenvolve principalmente a escrita para cordas, em especial o violino. Muitos de seus inúmeros concertos para instrumentos solistas e orquestra, concertos grossi, sonatas, óperas e peças corais são ainda hoje desconhecidos. Sua obra esperou até a metade do século XX para ser reconhecida. De suas peças a mais popular é o ciclo As quatro estações.



quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Música Clássica no Renascimento


Nos séculos XV e XVI a música vocal polifônica passa a conviver com a música instrumental nascente. Destacam-se a polifonia franco-flamenga (França e região de Flandres parte da Holanda e Bélgica atuais), a polifonia da escola romana e a música dos madrigalistas italianos.

Polifonia Franco-Flamenga:
Herdeira direta da polifonia da Ars Nova, a música da França e região de Flandres realiza profundas mudanças na linguagem polifônica.
As vozes deixam de ser heterogêneas (sonoridades mistas resultantes de textos diferentes simultâneos) e entrecortadas, tornando-se alargadas e homogêneas. A rítmica extremada cede lugar à naturalidade das linhas melódicas, não submetidas às proporções matemáticas da Ars Nova.
O moteto dá lugar à canção, ao madrigal e à missa

Primeira geração:
– Destacam-se Gilles Binchois (1400-1460) e Guillaume Dufay (1400-1474), que, tendo participado por nove anos do coro da capela papal em Bolonha, acrescenta à polifonia a sinuosidade das melodias italianas.


Segunda geração:
– É marcada pela música de Johannes Ockeghem, com quem a polifonia, de no máximo quatro vozes, é ampliada até 36 vozes simultâneas, caracterizadas por fluxo contínuo, ritmo brando e complexo.

Johannes Ockeghem (1420-1491) nasce em Termonde, na região de Flandres Oriental, e estuda com o mestre polifonista Binchois. Em 1452, torna-se mestre-capela dos reis da França, em Paris, e tesoureiro da Abadia de Saint Martin de Tours, em 1459. Dele foram conservadas 17 missas, sete motetos e 22 canções e o primeiro réquiem polifônico conhecido.

Terceira geração:
– Destaca-se Josquin des Près, que volta a empregar conduções vocais em movimentos paralelos, com uma melodia marcada por rítmica mais uniforme. Os motetos são retomados, com um forte simbolismo musical que realça o conteúdo expressivo das obras. É dessa época também o surgimento dos primeiros editores de música: Veneza (1501) e Paris (1527).


Quarta e quinta gerações:
– É representada por Adrian Willaert (1480-1562), discípulo de Josquin, e por Orlando di Lasso (1532-1594), compositor de 70 missas, 100 magnificats e mais de 200 madrigais, entre outras obras.


Escola Romana:
No século XVI, em Roma, um grupo de compositores faz música predominantemente religiosa, fundindo elementos da escola franco-flamenga com a riqueza das melodias italianas.
A escola romana retoma o canto gregoriano na composição polifônica, atendendo às exigências da Contra-Reforma.
Seu principal representante é Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594), cuja obra é modelo para as escolas posteriores. A independência entre as vozes melódicas, o equilíbrio harmônico (nenhuma voz sobressai a outra) e a melodia agradável são ressaltados nos tratados de Berardi, no século XVII, e de Fux, já no século XVIII.

Madrigalistas Italianos:
Do século XVI ao XVII, impera na Itália o madrigal, a conjunção perfeita entre música e texto. O madrigal é herdeiro direto das chansons francesas, que já possuem caráter descritivo, como o canto de pássaros, os gritos de pregão nas ruas, a narração de batalhas. Baseia-se na prática polifônica e na homofonia nascente, além da monodia medieval. A música, inspirada pelo texto, é fortemente descritiva.
Certos recursos sonoros são utilizados em situações determinadas: movimentos cromáticos se associam à tristeza, um intervalo de quarta ou quinta descendente corresponde ao choro etc. Por seu caráter dramático, o madrigal é o elo de ligação entre a música modal medieval e renascentista e a música tonal do barroco, classicismo e romantismo. Seus principais compositores são Luca Marenzio (1554-1599), A. Gabrieli (1510-1586), Carlo Gesualdo di Venosa (1560-1613) e Cláudio Monteverdi (1567-1643).

Música na Escola


Agora é lei! Criança na escola terá que cantar e tocar instrumentos! As escolas do ensino básico - públicas ou particulares - no Brasil inteiro serão obrigadas a oferecer aula de música.

Segundo especialistas, a música faz o aluno aprender melhor as outras matérias.
E para mostrar como a música pode mudar a vida de uma criança, o músico Lucas Ciavatta mostra um método de educação musical criado por ele em 1996.
O Bloco do Passo é um grupo de percussão e canto dirigido por ele e composto por jovens entre 17 e 22 anos. A força e a criatividade da música do bloco vêm impressionando e surpreendendo o público que o assiste. O que causa maior admiração é a variedade e a riqueza das propostas musicais apresentadas com precisão e qualidade. O repertório do grupo inclui ritmos, como o samba, o maracatu, o congo, o alujá; cantos, como Emboladas e Incelenças; e experimentações que investigam as relações de tempo e espaço. “O Passo é um modelo de regência com os pés. Cada um é o seu próprio maestro”, disse.
Confira o vídeo!


www.opasso.com.br

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Música no Período Medieval

O período é marcado pela música modal praticada nas himnodias e salmodias, no canto gregoriano, nos organuns polifônicos, nas composições polifônicas da Escola de Notre-Dame, na Ars Antiqua e Ars Nova e ainda na música dos trovadores e troveiros.


MÚSICA MODAL
A música modal se caracteriza pela importância dada às combinações entre as notas e a seus resultados sonoros particulares. De acordo com a função e o texto cantado, o compositor usa um modo escalar diferente. O fundamento da música modal é a composição melódica, seja em uma monodia (uma só melodia) ou em uma polifonia (mais de uma melodia, simultâneas).
Himnodias e salmodias – A música erudita no ocidente começa com a proliferação das comunidades cristãs, entre os séculos I e VI. Suas fontes são a música judaica (os Salmos) e a música helênica sobrevivente na antiga Roma. As principais formas musicais são as salmodias cantos de Salmos ou parte de Salmos da Bíblia e himnodias, cantos realizados sobre textos novos, cantados numa única linha melódica, sem acompanhamento. A música não dispõe, então, de uma notação precisa. São utilizados signos fonéticos acompanhados de neumas, que indicam a movimentação melódica.
Monodia gregoriana – A rápida expansão do cristianismo exige um maior rigor do Vaticano, que unifica a prática litúrgica romana no século VI. O papa Gregório I (São Gregório, o Magno) institucionaliza o canto gregoriano , que se torna modelo para a Europa católica. A notação musical sofre transformações, e os neumas são substituídos pelo sistema de notação com linhas. O mais conhecido é o de Guido d’Arezzo (995? 1050?). No século XI, ele designa as notas musicais como são conhecidas atualmente: ut (mais tarde chamada dó), ré, mi, fá, sol, lá, si.


Música Polifônica
Os sistemas de notação impulsionam a música polifônica, já em prática na época como a música enchiriades, descrita em tratado musical do século IX, que introduz o canto paralelo em quintas (dó-sol), quartas (dó-fá) e oitavas (dó-dó). É designado organum paralelo e no século XII cede espaço ao organum polifônico, no qual as vozes não são mais paralelas e sim independentes umas das outras.
Escola de Notre-Dame – A prática polifônica dá um salto com a música desenvolvida por compositores que atuam junto à Catedral de Notre-Dame. Eles dispõem de uma notação musical evoluída, em que não só as notas vêm grafadas, mas também os ritmos a duração em que cada nota deve soar. Mestre Leonin e Perotin, o Grande, são os dois principais compositores dessa escola, entre 1180 e 1230. Ambos, em seu modo de composição rítmica, além da elaboração de vozes novas sobre organuns dados, se abrem para composições autônomas. Abandonam o fluxo rítmico do texto religioso, obedecido no canto gregoriano, em troca de divisões racionais, criando a base para escolas futuras.


Ars Antiqua – Desenvolve-se entre 1240 e 1325, e suas formas musicais perduram até o fim da Idade Média: o conductus, o moteto, o hoqueto e o rondeau. O moteto é composto a partir de textos gregorianos que recebem um segundo texto, independente e silábico, cada vogal corresponde a uma nota, seja esta repetição ou não da antecedente. Essa necessidade de cantar cada vogal num novo som impulsiona a notação rítmica. Os motetos que mais se destacam são realizados com textos profanos sobre organuns católicos.


Ars Nova – De 1320 a 1380 impera a Ars Nova, denominação de um tratado musical do compositor Philippe de Vitry. O organum e o conductos desaparecem, e o moteto trata de amor, política e questões sociais. Variados recursos técnicos são utilizados para dar uniformidade às diversas vozes da polifonia: as linhas melódicas são comprimidas ou ampliadas e muitas vezes sofrem um processo de inversão (sendo lidas de trás para diante).
Guillaume de Machaut é o grande mestre desse período. Utiliza, com precisão, recursos como os baixos contínuos e a isoritmia – relação de proporcionalidade entre todas as linhas melódicas da polifonia, possibilitando que as vozes se desenvolvam sobre uma única base rítmica.


Música profana – A atividade de compositores profanos, como os minnesangers e os meistersangers germânicos e os trovadores e troveiros franceses, é intensa entre os séculos XII e XIII. Os trovadores da Provença, ao sul da França, e os troveiros, ao norte, exercem forte influência na música e poesia medievais da Europa. Suas músicas de cunho popular, em dialetos franceses, enfatizavam aforismos políticos (como no compositor-poeta Marcabru), canções de amor (Arnaud Daniel, Jofre Rudel e Bernard de Ventadour), albas, canções de cruzadas, lamentações, duelos poético-musicais e baladas. A base para suas melodias são os modos gregorianos, porém de ritmo marcado e dançante, com traços da música de origem moçárabe do mediterrâneo.
Adam de la Halle (1237-1287) troveiro francês, menestrel da corte de Roberto II de Arras, a quem acompanha em viagens a Nápoles. Trata seus poemas em composições musicais polifônicas, como os 16 rondós a três vozes e 18 jeu partis (jogos repartidos), em que se destacam o Jogo de Robin e Marion e o Jogo da folha, que podem ser classificados como as primeiras operetas francesas.

domingo, 13 de setembro de 2009

Música na Antiguidade

Lição de Música com Liras
cerâmica do séc. VI a.C

MÚSICA:

É definida, tradicionalmente, como a arte de combinar sons para obter efeitos expressivos. Pode também ser compreendida como a arte de combinar som e silêncio. A partir de experiências revolucionárias da música contemporânea admite-se até a música feita só de ruídos ou silêncio.

Música erudita ocidental:

Assim como em outras culturas, no ocidente distingue-se a música popular, de bases coletivas, da música erudita, cujo código nem sempre é acessível a todos. Essas duas vertentes ora se tocam, ora se afastam, a ponto de uma criar transformações na outra.
A história da música erudita ocidental está associada à Igreja, às cortes, aos salões da burguesia, às salas de concerto e às universidades.

  • Música na Antiguidade

A música no ocidente, assim como as mais diversas manifestações artísticas, tem sua origem na Grécia e Roma antigas.
Grécia – Grande parte da terminologia musical, dos modos musicais e dos tipos de temperamento (afinação) das escalas originam-se na teoria musical grega.
No século VI a.C. Pitágoras demonstra proporções intervalares, numéricas, na formação das escalas musicais. São bases severas para evitar o subjetivismo incontrolável. A essa posição se opõe Aristogenos de Tarento, para quem a base de uma teoria musical não é numérica e sim a experiência auditiva.
Os gregos desenvolvem vasta teoria e produção musical ligadas às festividades e ao teatro . Uma parte dessas composições é recuperada graças a notação musical baseada no alfabeto, como os Fragmentos de Eurípedes e a Canção de Seikilos.
Roma – Escravos romanos oriundos da Grécia e cercanias difundem a tradição musical grega e tornam-se figuras centrais da música romana, presente em exibições de lutas e espetáculos em anfiteatros.
Os romanos recompilam, nos séculos II e IV a.C., a teoria musical grega. Destacam-se Euclides de Alexandria (século III a.C.), Plutarco (século I a.C.) e Boécio, que no ano 500 d.C. traça as bases da teoria musical da Idade Média latina.

Cena de banquete ao som

de música de aulos

Cerâmica 450 a.C


Períodos da Música Clássica

Ao que as pessoas em geral chamam de Música Clássica correspondem, na verdade, uma série de estilos musicais diferentes, que têm a sua origem em vários períodos da história, tanto da música, como da Humanidade. Uma das classificações mais utilizada divide a história da música nos períodos:
  • Medieval
  • Renascentista
  • Barroco
  • Clássico
  • Romântico e
  • Moderno
A data precisa de início e final de cada período é fonte de aceso debate acadêmico e muitos admitem (talvez com razão) que não existe nunca um tempo preciso, mas sim um largo intervalo entre eles. É também próprio dizer que esses estilos mudam em diferentes locais, a diferentes ritmos, portanto uma data pode não ser necessariamente válida para todas as regiões da Europa. Posto isto, aqui se encontram as datas *aproximadas* que limitam cada um dos períodos. Alguns deles defasados, como podemos ver, visto que alguns compositores adotam novos estilos antes que outros os implantem.
  • Antigo: 1100-1300
  • Medieval: 1300-1430
  • Renascença: 1430-1600
  • Barroco: 1600-1750
  • Clássico: 1750-1827
  • Romantismo: 1810-1900
  • Moderno: 1890+
Esta decomposição tenta categorizar as mudanças fundamentais na atitude e no estilo de determinados compositores e pode ser também um excelente indício de que se uma pessoa gosta da música de um compositor de determinado período, existem grandes hipóteses para que essa mesma pessoa goste da música de outros compositores do mesmo período. No entanto, não há nada de mais gratificante do que experimentar a música de *todos* os períodos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tchaikovsky

Concerto n°1 para Piano e Orquestra

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Nelson Ayres

Nelson Luís Ayres de Almeida Freitas, mais conhecido como Nelson Ayres (São Paulo, 14 de janeiro de 1947) é um produtor musical, arranjador, instrumentista (pianista), regente e compositor.

Orquestra Jovem do Estado de São Paulo